América do Sul

A idéia de ir para a Bolívia e Peru surgiu após eu ver uma promoção da Gol com passagens de retorno por R$ 39,00. Não resisti e comprei: voo direto São Paulo/Santa Cruz de La Sierra ida e volta por R$ 436,00 incluindo taxas.

Eu teria 19 dias e o roteiro inicialmente seria:
- SCLS-Sucre(avião)
- Sucre-Uyuni(ônibus)
- Uyuni-La Paz(trem)
- La Paz-Copacabana-Isla del Sol(ônibus/barco)
- Copacabana-Puno(ônibus)
- Puno-Cuzco(ônibus)
- Cuzco-Ollantaytambo(ônibus)
- Ollantaytambo-Águas Calientes(trem)
- Cuzco-Lima(ônibus)
- Lima-SCLS(avião).

Eu não estava contente com esse roteiro por vários motivos: seria muito corrido, custaria muito caro, não dava margem a imprevistos e o principal: tava muito “turisticão”. Eu não consigo me contentar em apenas visitar os lugares mais bonitos ou mais famosos. Em uma viagem eu gosto de ter contato com a população local, ver como é a vida das pessoas e ser surpreendida por alguma coisa diferente.
A mudança foi inevitável quando eu vi um vídeo sobre o Buscarril, um ônibus que trafega sobre trilhos. Na Bolívia existem dois trechos que utilizam esses veículos: Sucre-Potosi e Aiquile-Cochabamba. São verdadeiros dinossauros das ferrovias, uma preciosidade. Eu precisava ver isso de perto e seria de Aiquile a Cochabamba,o trecho mais longo.

Acabei mudando tudo. Decidi cortar Cuzco e Machu Pichu e deixar para curtir esses lugares com calma em uma próxima viagem. Assim sobrou mais tempo para conhecer a Bolívia. O roteiro ficou assim:
- SCLS-La paz(ônibus)
- La Paz-Copacabana-Isla del Sol(ônibus/barco)
- Copacabana-Puno(ônibus)
- Puno-La Paz(ônibus)
- La Paz-Oruro(ônibus)
- Oruro-Uyuni(trem) (*)
- Uyuni-Sucre(ônibus)
- Sucre-Aiquile(ônibus)
- Aiquile-Cochabamba(Buscarril)
- Cochabamba-SCLS(ônibus)
(*)Não consegui fazer a viagem de trem entre Oruro e Uyuni por conta de um atraso nos primeiro dias.



Nessa viagem a minha maior preocupação era com os efeitos da altitude sobre o meu corpo. O famoso "Soroche" já estragou a  viagem de muita gente e eu tinha muitos motivos para crer que comigo não seria diferente: 50 anos, asmática e extremamente sedentária. Prá piorar, morando em São Paulo, que naquele momento passava por uma seca sem precedentes e com um nível altíssimo de poluição, a minha capacidade respiratória era a pior possível.

A recomendação era evitar o esforço físico, beber muita água(nunca das fontes) e fugir das bebidas alcoólicas. Não segui nenhuma dessas recomendações. O que aconteceu? Vamos ao relato.





Peru


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